Em 2022 o turismo recuperou forças e diversos destinos e empresas turísticas não só atingiram os níveis de 2019 como também os superaram. Algumas tendências do turismo que surgiram na pandemia já foram incorporadas e viraram corriqueiras, como o anywhere office. As experiências turísticas, antes mais restritas ao segmento de luxo, agora estão em todas as partes. Todos nós queremos boas experiências de consumo, não só quando viajamos, mas também quando saímos para nos divertir na nossa própria cidade. Por isso, preferimos bares e restaurantes diferenciados, roof tops descolados, museus interativos, wine gardens, dentre outras empresas que oferecem experiências diferenciadas.
Consumidores do mundo todo querem viajar de maneira diferente, motivados por novos fatores, que ganharam relevância a partir das mudanças que vivemos nos últimos três anos. Saúde, bem estar, sustentabilidade social e ambiental, envolvimento com moradores locais são alguns dos aspectos priorizados atualmente.
E para se manter competitivo e inovar, é necessário entender para onde o turismo caminha, o que querem os viajantes s e como adaptar nossos negócios e destinos para surpreendê-los.
Para te ajudar nesta empreitada, fiz uma curadoria das 10 principais tendências do turismo de 2023, a partir de vários estudos publicados por diversas empresas, tais como Skift, Booking.com, IPDT, Decolar, Amadeus, dentre outros. Assim, apresento o as 10 principais tendências do turismo para 2023, sob o meu ponto de vista:
Foto: Joshua Colem
Consumidores do mundo todo querem viajar de maneira diferente, motivados por novos fatores, que ganharam relevância a partir das mudanças que vivemos nos últimos três anos. Saúde, bem estar, sustentabilidade social e ambiental, envolvimento com moradores locais são alguns dos aspectos priorizados atualmente.
E para se manter competitivo e inovar, é necessário entender para onde o turismo caminha, o que querem os viajantes s e como adaptar nossos negócios e destinos para surpreendê-los.
Para te ajudar nesta empreitada, fiz uma curadoria das 10 principais tendências do turismo de 2023, a partir de vários estudos publicados por diversas empresas, tais como Skift, Booking.com, IPDT, Decolar, Amadeus, dentre outros. Assim, apresento o as 10 principais tendências do turismo para 2023, sob o meu ponto de vista:
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Nomadismo digital: reconfigurando destinos e empresas
Liberdade para escolher onde trabalhar, flexibilidade para poder mudar de local de trabalho diariamente, mais tempo para conciliar vida familiar e profissional, mais independência e melhor qualidade de vida. Estas são algumas das motivações dos nômades digitais, profissionais que aproveitam as vantagens do trabalho remoto para viver em outra cidade ou outro país.
Em 2020, o Banco Mundial estimou que 23,9% das profissões podem ser exercidas remotamente nos Estados Unidos. No ano seguinte, já havia 35 milhões de nômades digitais em todo o mundo, com expectativa de chegar a 1 bilhão de profissionais em 2035. É um mercado em crescimento, que traz muitas oportunidades (e desafios) para o turismo.
As pessoas perceberam que na maioria dos empregos é possível trabalhar de qualquer lugar do mundo, já que a localização não é mais um fator relevante. Ao contrário, a possibilidade de trabalhar remotamente é um diferencial que os profissionais buscam nas empresas.
Inicialmente, a grande motivação dos nômades era ter mais liberdade, conhecer novas culturas e novos países. Depois, entenderam que esse estilo de vida melhorava seu equilíbrio entre vida profissional e pessoal, com impacto muito positivo.
Associamos os nômades digitais ao jovens, que normalmente atuam no setor de tecnologia, são freelancers e vivem sozinhos. Mas os dados mostram que cresce o número de famílias com crianças e também os sêniores, que buscam nova experiência de vida.
Eles demandam serviços que vão além da oferta turística tradicional. Precisam de boa internet, espaço adequado para trabalhar, como os coworkings, hospedagem para longa permanência, com serviços específicos e facilidades para integrarem-se à comunidade local, especialmente as famílias que se mudam com crianças.
Diversos países têm desenvolvido política para atrair os nômades digitais, pois ao contrário dos turistas, eles movimentam as cidades e consomem bens e serviços diversos ao longo do ano, inclusive na baixa temporada. Nos feriados e finais de semana, procuram conhecer um lugar diferente, ou participar de uma experiência local. Veremos um aumento contínuo nos países que incentivam a chegada de nômades digitais por meio de políticas que facilitam os vistos e outros incentivos para este público alvo.
De acordo com a Nomadlist, atualmente os “Top Ten” destinos preferidos pelos nômades digitais são, respectivamente: Lisboa, Chiang Mai (Tailandia), Canggu (Bali, indonesia), Bangkok (Tailandia), Madeira (Portugal), Buenos Aires, Cidade do México, Timisoara (Romênia), Berlim (Alemanha) e Bengaluru (India).
Rio Janeiro lançou uma campanha bem interessante para atrair nômades digitais que querem “viver como um carioca”. Algumas ilhas no Caribe, assim como destinos de praia na Espanha, também criaram suas estratégias.
O nomadismo digital veio para ficar, então as cidades e as empresas precisam se estruturar para esse novo tipo de viajante. É uma revolução na oferta turística, que precisa correr para aproveitar essas novas oportunidades. Caso contrário, trará velhos problemas, bem conhecidos do turismo tradicional, como já acontece na Cidade do México: aumento de preço dos imóveis, choque cultural com os moradores locais, etc
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Em busca do prazer e do bem estar
Burnout, crise de ansiedade e outras doenças acentuadas nos períodos de estresse da pandemia reforçaram a necessidade de cuidados com a saúde física e mental. Como resultado, as viagens aparecem como um “tratamento” para o equilíbrio do corpo e da mente. Não é a toa que essa é uma das principais tendências do turismo em 2023.
De fato, pesquisa da Booking.com realizada com turistas brasileiros em 2021 mostra que para 83% dos entrevistados viajar ajuda no bem estar mental e emocional, mais que outras formas de descanso e relaxamento. E 90% deles afirmam que ter férias planejadas já impacta no seu bem estar.
O segmento de bem estar vai muito além de spas, massagens e meditação. Cerca de 53% dos americanos estão mais abertos às viagens focadas no bem-estar, mas com desejo de experimentar algo novo em 2023, de acordo com estudo do Booking.com no ano passado.
É interessante observar que os millennials são os principais indutores desse segmento, já que 60% dos jovens de 25 a 34 anos estão buscando formas alternativas de curtir escapadas de bem estar. Saiba mais sobre a geração Z aqui.
Para capturar esse mercado emergente, alguns hotéis criaram programas avançados de rejuvenescimento e atividades práticas que incentivam os viajantes a se aproximar da natureza. Atividades como banho de bosque, coleta de frutas, aulas de yoga, dentre outras, são bem demandadas.
Experiências prazerosas como oficina de gastronomia, degustação de vinho no wine Garden, picnics exclusivos, workshop de café ou chocolate, dentre muitas outras, também têm sido muito prestigiadas pelos viajantes do mundo. Observamos que saúde, bem estar e os prazeres da mesa dão um novo tom às viagens de lazer.
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Streaming influenciando os viajantes
Hoje as plataformas de streaming têm papel central no entretenimento dos consumidores no mundo todo. As séries e filmes são muito diversas e vão muito além do cinema hollywoodiano que estávamos acostumados. Acessamos histórias, culturas, paisagens e cenários bem diferentes, que despertam a vontade de visitar o local.
Um estudo realizado recentemente pelo Grupo Expedia, com mais de 11 mil pessoas, em 17 países, mostra que filmes e séries de streaming são agora as principais fontes de inspiração para viajar (40%), superando até a influência das redes sociais (31%).
Esses viajantes são chamados de set-jetters, termo usado para caracterizar turistas motivados a conhecer locais onde foram gravadas alguma série ou filme.
A “telinha” agora tem o mesmo peso que as recomendações de amigos e parentes, quando se trata de inspiração para as viagens.
Esta influência do streaming já é vista nos Estados Unidos, onde mais de dois terços dos viajantes, cerca de 68%, consideraram visitar um destino depois de assisti-lo em um programa ou filme em uma plataforma de streaming, e 61% deles já reservaram uma viagem para algum desses cenários.
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Metaverso e as viagens virtuais
À medida que nos familiarizamos com as novas tecnologias, não queremos voltar a fazer as coisas como antigamente. O Metaverso será assim: vai nos proporcionar tantas experiências e emoções diferentes, que não vamos conseguir tomar decisões de viagens como atualmente. Por isso, as viajar virtualmente é uma das principais tendências do turismo em 2023
De acordo com estudo da Booking.com, com mais de 30 mil turistas, quase metade dos entrevistados (43% deles) vai usar a realidade virtual para inspirar suas escolhas de viagem. Além disso, 46% estão mais propensos a viajar para algum destino porque puderam experimentá-lo virtualmente antes.
Com o avanço do Metaverso, os viajantes virtuais poderão sentar na cama do hotel, sentir a areia da praia, passear por um parque temático, ou simplesmente curtir um show, como já é possível hoje.
Considerando que a Geração Z já vive no mundo virtual, especialmente com games e redes sociais, não é de se estranhar que 35% dos entrevistados afirmou que faria uma experiência de viagem de vários dias em realidade virtual ou aumentada.
No entanto, a maioria dos viajantes (60%) concorda que as viagens virtuais não substituirão a experiência real. Particularmente penso que a viagem virtual funciona como “test drive”, no qual você experimenta, tem uma ideia das atrações e experiências de um determinado destino ou empresa e faz a sua escolha. Portanto, pelo menos por hora, os turistas não vão trocar os óculos de sol pelos de realidade virtual.
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Eventos presenciais voltam à cena repaginados
Uma das áreas mais afetadas pela pandemia, o turismo MICE (turismo de reuniões, viagens de incentivos, congressos e eventos) está se recuperando com força total. Este ano, de acordo com as previsões do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), o setor deve registrar aumento de 41,1%. A entidade prevê que as viagens de negócios vão crescer a média de 5,5% ao ano até 2032.
Os profissionais do setor estão bastante otimistas e dois terços deles esperam incremento nos gastos na ordem de 67%. Mesmo assim, a expectativa para atingir os indicadores pré pandêmicos é de mais um ou dois anos.
Os eventos presenciais voltam à cena, porém repaginados. Eles devem ser desenhados para motivar e envolver os participantes, oferecer experiências que não podem ser proporcionadas no mundo virtual. Caso contrário, podem não investir tempo ou dinheiro para comparecer ao evento.
Experiências exclusivas, apresentações musicais, encontros gastronômicos, perfomances e outras ações para incentivar o networking, são algumas das medidas que vêm sendo adotadas pelos organizadores de eventos.
Além dessa nova configuração, outra questão bastante valorizada pós pandemia é a sustentabilidade. Grande parte das empresas já adota critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) em seu dia-a-dia. Essa maior conscientização está impactando a escolha dos destinos para realização dos eventos.
Estudo American Express Global Business Travel aponta que os organizadores de eventos já adotam práticas sustentáveis: minimização do uso de papel (22%), medidas de economia de energia, redução de desperdícios (19%), contratação de fornecedores ecofriendly (18%), dentre outras.
A tecnologia assume papel fundamental, não só para facilitar a operação e aumentar a produtividade, mas também para otimizar a comunicação nas mídias digitais, evitando uso de papel, bem como criação de aplicativos que facilitam o acesso ao conteúdo, credenciamento e interação dos participantes.
A seleção de hotéis e outros equipamentos também passa pelo crivo da sustentabilidade, por meio de políticas de eficiência energética e certificações sustentáveis. Além disso, organizadores de eventos estão implementando estratégias e processos para minimizar as emissões e relatar seu progresso às partes interessadas internas e externas.
O evento 100% sustentável não existe, mas pequenas ações podem ajudar a minimizar o impacto negativo da atividade e contribuir para a preservação ambiental. A norma ISO 20121, entre outras certificações, favorece um melhor planejamento dos processos e para minimizar e compensar os impactos.
A preocupação com a sustentabilidade social cresceu, felizmente. Atualmente, 82% das empresas europeias se esforçam para incorporar diversidade, equidade e inclusão em seus programas de eventos e reuniões, de acordo com o estudo Amex GBT. Para atingir as metas, elas focam na acessibilidade e na contratação de minorias.
Na Europa, os destinos mais procurados para o segmento MICE são, respectivamente: Madrid, Barcelona, Londres, Paris e Manchester.
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Viagem Bleisure no pacote de benefícios de empresas
As viagens de negócios estão de volta à agenda em 2023, mas, ao contrário das viagens pré-covid, viajantes corporativos querem aproveitá-las para incorporar momentos de lazer.
Com o aumento do trabalho remoto, 2023 será marcado pelos viajantes bleisure, que procuram aproveitar o destino turístico e seguir sua agenda profissional.
A procura por um maior equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal passou a ser uma prioridade em crescimento na sociedade, juntamente com uma maior consciência da importância da saúde física e mental. Ainda, passou a ser um diferencial para as empresas que usam benefícios para atrair e reter talentos.
É de se esperar que os turistas de negócios vão estender sua permanência no destino, principalmente nos finais de semana. Assim, é recomendável que as empresas turísticas, principalmente os hotéis, criem pacotes de serviços que convidem os visitantes a desfrutar a cidade.
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Reels, TikTok e Shorts para inspirar e atrair viajantes
Quer saber para onde vão os viajantes em 2023? Então dê uma navegada pelos vídeos do Reels, TikTok e Shorts do Youtube. Mais do que nunca, viajantes de todas as idades estão procurando e descobrindo conteúdo em formato de vídeo curto para inspirar e informar suas jornadas. Esse novo hábito de compra gera uma certa “pressão” aos gestores de marketing, que precisam ter criatividade para engajar suas audiências.
Não é novidade que os jovens, como a Geração Z, estão cada vez mais se voltando para plataformas como TikTok, Instagram Reels e YouTube Shorts, em vez da busca no Google para inspiração e informações sobre viagens. Agora as gerações mais velhas também gostam e consomem este formato de conteúdo leve, divertido e autêntico. Uma pesquisa da MMGY Global, realizada em 2022, revela que 40% dos viajantes dos EUA com 30 anos ou mais preferem o TikTok ao Google como uma ferramenta de busca ao pesquisar viagens. Aliás, em 2021 o TikTok já superou o Google em número de acessos ao site.
Canais sociais como Instagram Reels, TikTok e YouTube Shorts explodiram em popularidade porque seus algoritmos oferecem fluxos de vídeos curtos otimizados para mostrar conteúdo adaptado a interesses específicos.
Os profissionais de marketing sabem que este formato tem melhor retorno sobre o investimento e é ótimo para atrair leads. Mas, embora a quantidade e a frequência de vídeos curtos estejam crescendo, seus recursos não estão. Criar vídeos que engajam é um desafio de criatividade, demanda tempo e investimento.
Uma boa saída é estabelecer parcerias com criadores de conteúdo, que sabem como obter engajar audiências. Ao trabalhar com creators, os destinos podem contar com conteúdo mais variado de pessoas que experimentam o destino de maneira diferente. Produzir conteúdo mais diversificado e inclusivo promove o destino para todos os viajantes e aumenta a probabilidade de os viajantes visitarem joias escondidas dentro de um destino.
O conteúdo de mídia social como Reels e TikToks é ótimo para inspiração em alto nível, mas carece de informações importantes para próximos passos da jornada de compra do viajante. Por isso, os outros canais como site, blog e Google são cruciais para entrega de informações necessárias para os viajantes reservarem e converterem.
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Sustentabilidade: menos retórica e mais prática
Consumidores não vão julgar as marcas simplesmente porque elas têm objetivos de sustentabilidade. Cada vez mais, a sociedade cobra das empresas e governos medidas que comprovam suas iniciativas sustentáveis. A retórica se volta para a prestação de contas à medida que empresas e destinos são forçados a colocar metas em operações em 2023.
Os viajantes de negócios e de lazer estão de olho na mudança climática e muitos já afirmam que querem limitar sua pegada de carbono. É de se esperar que as companhias aéreas liderem este movimento. Os voos contribuem significativamente com as emissões de gases de efeito estufa e os ativistas têm as companhias aéreas na mira à medida que as viagens voltam após a pandemia. Eles até atacaram o Aeroporto Schiphol, em Amsterdã, para mostrar seu ponto.
Cadeias hoteleiras apostam forte na política de sustentabilidade, mesclando ações ambientais e sociais. Mais do que o compromisso com iniciativas que apoiam comunidades e preservam o meio ambiente, turistas querem que as marcas comprovem quão sustentáveis elas são. Para isso, utilizam dados que mostram consumo de água, energia, redução de desperdício, percentual de mão de obra local, dentre outras medidas.
Felizmente os consumidores estão exigindo que empresas (de todos os portes) e governos cumpram sua parcela de responsabilidade. Acredito que a cobrança dos turistas é a única maneira de realmente desenvolver o turismo mais sustentável. Esse movimento já começou e não tem volta.
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Destinos alternativos
A vontade de evitar lugares lotados incentiva os viajantes a explorar destinos pouco conhecidos. A demanda por casas em destinos não convencionais aumentou 30% ou mais desde setembro de 2021, segundo pesquisa realizada pelo Grupo Decolar.
Já o estudo da Booking mostra de 27% dos turistas optaram por um destino menos “famoso” nos últimos 12 meses e dois terços deles dizem que evitarão as cidades e as atrações populares.
Esses dados são extremamente positivos para os destinos menos conhecidos no mercado turístico. Há que se trabalhar a oferta turística e saber comunicar para colocar o destino (ou as atrações), na “prateleira” certa do mercado. E agora é a hora!
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Valorização dos talentos humanos no turismo
O setor de turismo vive momento desafiador para atrair e reter profissionais talentosos, em diversos países do mundo, mas de forma diferente. A contratação de profissionais nunca foi uma preocupação tão importante entre os executivos do turismo, e é de se esperar desequilíbrio entre oferta e demanda por algum tempo.
As empresas do turismo deverão ser criativas para enfrentar o desafio. Mais empresas estão começando suas próprias escolas (accademy) para preparar os trabalhadores de amanhã e muitas utilizam as mídias sociais para mostrar as oportunidades que a indústria de viagens pode trazer para recrutar uma nova geração. Melhores salários, horários de trabalho flexíveis dentro de faixas de tempo e mais rotação entre funções e locais são algumas maneiras pelas quais algumas empresas usam para atrair os talentos.
Em 2021, a United Airlines começou a aceitar inscrições para sua própria escola de voo, a Aviate Academy, com o objetivo de treinar 5.000 novos pilotos – pelo menos metade deles mulheres ou pretos. Em parceria com o JPMorgan Chase, a companhia aérea oferece US $ 2,4 milhões em bolsas de estudo para garantir que candidatos altamente qualificados, não sejam rejeitados por razões financeiras.
Diversos hotéis estão oferecendo salários mais altos para atrair novos profissionais. Nos EUA, os salários subiram 15% em 2022, comparados ao ano anterior. Mas as lacunas continuam sobretudo nas funções mais operacionais, pois muitos trabalhadores foram dispensados na pandemia e se realocaram em outras indústrias. E aí todos os esforços valem a pena. Em 2022, o Hilton fez uma parceria com uma empresa de educação continuada para oferecer aos funcionários a oportunidade de participar de programas de certificação profissional em áreas diversas, desde artes culinárias até análise de dados.
As agências de viagens também estão sentindo as mudanças do mercado e dificuldades na contratação de profissionais. A idade média dos agentes de viagens nos EUA é 50 anos e para atrair profissionais mais jovens, a CWT, A gigante de viagens corporativas lança mão de alguns benefícios, como bônus, comissões mais generosas, emissão de ações e participação nos lucros. E o Sabre desenvolveu software de “personal trainer” para ajudar as pessoas novas na indústria a melhorar suas habilidades e aproveitar uma crescente oportunidade de emprego. Já o MGM Resorts recorreu ao LinkedIn para oferecer um programa semelhante.
Incentivo à formação continuada, melhores salários, mais benefícios e sobretudo mais oportunidades de crescimento nas empresas são alguns dos aspectos mais importantes para contar com quadro de profissionais alinhados às novas demandas do mercado.
Concluindo…..
Em geral, todos os relatórios apresentam cenário bastante positivo para o crescimento do turismo em 2023 e próximos anos. Fica claro que mudanças significativas ocorreram nos últimos anos e a única forma de sobreviver é adaptando-se aos novos desejos dos viajantes, à nova dinâmica do mercado, às novas tecnologias, às novas formas de comunicação e relacionamento com o cliente e principalmente, às mudanças que o nosso planeta exige.
Referências
Booking.com – https://www.booking.com/articles/travelpredictions2023.pt-br.html?auth_success=1
Hosteltur – Turismo MICE – https://www.hosteltur.com/edicion-impresa/2023-en-360o
IPDT – https://www.ipdt.pt/tendencias-viagem-turismo/
Skift – https://skift.com/2022/06/02/global-tourism-must-confront-these-3-consumer-shifts-in-its-sustainability-push/
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