As grandes agências online como Booking e Expedia criaram verdadeiros impérios no mercado global de viagens. Sabemos que hoje  as mudanças são rápidas e as disrupções cada vez mais frequentes e impactantes.

O Airbnb, que começou em 2008 com venda de hospedagem em casas e apartamentos, entrou no mercado de experiências, aproveitando uma grande brecha de mercado. Este ano lançou o Airbnb Adventures, plataforma para comercializar aventuras e expedições, além do Airbnb Corporativo, que é a ferramenta destinada ao gerenciamento das viagens corporativas.

A Booking.com, por sua vez, entrou no mercado de entrega de comida, a partir de uma parceria feita com OpenTable. Essa iniciativa impacta fortemente a atuação dos restaurantes e também dos hotéis que contam com serviços de alimentação.

Também acompanhamentos o surgimento de novas plataformas que oferecem atividades e experiências, algumas temáticas, e assim vai….

Os grandes players sabem muito bem que não podem se acomodar em nenhum momento. Mesmo apostando na inovação constante, esses gigantes estão propensos a ser impactados por organizações maiores ou ainda mais inovadoras.

A Phocuswright mostrou, no evento realizado há pouco em Amsterdam, que está em jogo um mercado que fatura só na Europa 286 bilhões de euros por ano, com crescimento de 3% anual, sendo que praticamente metade é comercializado online. Em 2022, as vendas de serviços turísticos online chegará a 55% do total.

Essas grandes cifras chamam atenção de outros gigantes como Google e Amazon, que podem ser bastante impactantes, inclusive para as gigantes do turismo, como Booking e Expedia.

Recentemente, o Google lançou o Google Travel, que é uma ferramenta que une Google Flights, Google Hotels e Google Trips (que aliás foi descontinuado no dia 05 de agosto).  Esse guia de viagem mostra opções de voos, hospedagem, o que fazer, etc. Na busca por voos, por exemplo, mostra também o gráfico com a variação de preços ao longo de um período. Essa interface deixa o viajante 4.0 ainda mais informado e empoderado.

Executivos das OTAs e companhias aéreas acompanham (ou deveriam acompanhar) de perto o movimento da Amazon e do Google.

Será que o Google chegará a cobrar uma comissão das reservas feitas através de sua ferramenta? Passaria de posição de parceiro para concorrente? Como ficaram as campanhas no Google Adwords?

Google e Amazon não são organizações especializadas na distribuição de viagens, mas têm muito tráfico, acesso ao consumidor final e um banco de dados gigantesco. Portanto, poderiam desenvolver negócios no setor de turismo com muita facilidade, se assim desejarem.

Em 2014 houve o lançamento da Amazon Destinations, que oferecia reservas de hotel nos EUA, mas durou apenas um ano. Sabemos que a Alibaba também está de olho no mercado de turismo chinês e que a Amazon começou a vender bilhetes aéreos este ano na Índia.

Inovadoras e disruptivas, essas grandes empresas representam sim uma ameaça na distribuição global de viagens. Vamos ficar com os olhos abertos, acompanhando todos esses movimentos de perto. Afinal, só temos uma certeza: as mudanças serão cada vez mais frequentes e numa velocidade avassaladora.

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