Um turista ligado à tecnologia, muito ativo nas redes sociais e que busca serviços personalizados e experiências diferenciadas. Essa é a “fotografia” do Turista Digital, também conhecido como viajante 4.0. Ele vive conectado e utiliza seu smartphone em todas as etapas da viagem. Desde a fase da inspiração, quando busca um destino de férias até a volta para casa, quando ainda compartilha suas experiências (positivas e negativas), avaliando os serviços consumidos e influenciando outros viajantes.
O turista digital busca e reserva sua viagem pelo celular e utiliza diversos sites, blogs, aplicativos, redes sociais e outras ferramentas para planejar sua viagem. Segundo estudo da Travelport, esse viajante confia na tecnologia e preza pela agilidade, tanto que 68% deles não se importaria em ceder seus dados biométricos para reduzir o tempo de espera nos controles de passaporte, embarques nos cruzeiros, etc.
O viajante 4.0 é muito ativo no ambiente virtual, bem informado e exigente. Usa a tecnologia para comparar serviços e otimizar sua experiência de sua viagem. O acesso à informação e à tecnologia empoderou esse consumidor. E isso leva a um comportamento bem peculiar: o viajante 4.0 preza pela rapidez nas respostas e na personalização das experiências.
O consumidor moderno valoriza demais suas experiências pessoais no consumo de diversos serviços: hotéis, restaurantes, barbearias, academias, etc. Nesse contexto, viajar ocupa um dos primeiros lugares na lista de preferências dos consumidores, especialmente para as gerações Y e Z. Os jovens preferem investir nas viagens e nas experiências a ter coisas e bens materiais, como casa, joias, carros, etc.
O mercado de turismo e hotelaria mudou porque o turista mudou
Existe uma tendência de diversificação das experiências, e por isso conhecer o comportamento dos turistas nos destinos fica cada vez mais complexo. No entanto, o turista digital deixa um rastro enorme nos canais digitais. A grande quantidade de dados sobre suas preferências que podem servir para orientar destinos, operadoras, companhias aéreas, hotéis, dentre outras empresas.
E é ai que as empresas turísticas devem concentrar seus esforços: usar e analisar essas “pegadas digitais” para conhecer o consumidor e oferecer o produto certo para o cliente certo.
Porém, devemos considerar também que o turista digital vive uma abundância de dados e informação. Pesquisar, planejar e reservar uma viagem pode parecer simples, mas o excesso de fontes de consulta (uma grande parte não confiável) faz com que esse trabalho seja grande e cheio de dúvidas.
Nesse contexto, o agente de viagens tem papel fundamental. Oferecer o roteiro certo para cada cliente, com sugestões customizadas, é a grande oportunidade para os agentes de viagens. Especialistas preveem que haverá maior demanda de assessoramento profissional especializado, já que o investimento permite ao turista digital desfrutar a viagem sem incertezas ou contratempos.
Essa é uma grande oportunidade para as agências de viagens, ou melhor dizendo, para os bons agentes de viagens. O assessoramento pessoal vai ganhando terreno, à medida que as propostas de viagens vão sendo mais complexas e com maior número de fornecedores, aplicativos, sites, etc.
Outra oportunidade é que a sede de experiências promoverá as viagens sob medida e exigirá das agências de viagens micro especialização como ferramenta de diferenciação. Ou seja, volto a enfatizar a importância das agências definirem um nicho de especialização. De conhecerem a fundo o produto/nicho que vendem. É impossível para qualquer ser humano conhecer o mundo todo e ser expert em todos os destinos turísticos. O assessoramento pessoal será a resposta para a abundância de dados na internet.
A inteligência artificial está aí e fazendo o trabalho que nunca imaginamos que seria realizado por máquinas. O nosso diferencial é justamente poder humanizar e gerar emoções, surpresas e encantamentos. E para isso já existe um “mar” de ferramentas à nossa disposição, tanto para criar produtos quanto para atrair o turista digital que se interessa por eles. Pense nisso e mãos a obra!
P.S. Leia mais sobre a Transformação Digital no Turismo clicando aqui.
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