Este foi o tema da minha palestra na WTM Latin America neste ano. Além de apaixonada pelo assunto, sempre digo que acompanhar as Tendências e Inovação no Turismo e Hotelaria não é opcional, mas um fator chave para termos melhores condições de tomar decisões assertivas e nos mantermos competitivos.

Vou compartilhar aqui um pouco da minha apresentação, apontando as principais Tendências do Turismo e Hotelaria, na minha opinião, são:

Inteligência Artificial no Turismo e Hotelaria

A Inteligência Artificial vem evoluindo muito rápido nos últimos anos, em centenas de atividades econômicas e inclusive no turismo e hotelaria. A Inteligência artificial resolve problemas cognitivos de forma similar à inteligência humana. Essa tecnologia tem como premissa dar às máquinas acesso aos dados e permitir que elas aprendam por si mesmas.

Existem hotéis que utilizam robôs para fazer as tarefas operacionais (check in, limpeza, atendimento ao cliente, dentre outras). Nas companhias aéreas a I.A. já é usada há bastante tempo no atendimento via aplicativos de mensagens ou até mesmo auxiliando passageiros nos aeroportos. Na Finlândia, um ônibus autoguiado faz passeio turístico e nos restaurantes na China robôs fazem as vezes de garçons.

FlyZoo Hotel – Foto Getty Images

Dados

Os dados gerados pela Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial, tornaram-se fator chave para a competitividade das empresas. A capacidade de analisar dados e prever melhor os resultados passam a ser o eixo central de novas estratégias e planos de negócios. Tanto nos hotéis como nas demais empresas de turismo, o Big Data oferece grandes oportunidades, à medida que permitem total personalização dos serviços, um aspecto cada vez mais demandado pelo viajante conectado.

Mas ainda muitos hotéis sequer usam os dados da ficha do check in para se relacionarem com os hóspedes assim como muitas empresas ainda nem olham para o Google Analytics, sem ter ideia do fluxo de visitantes no seu site e muito menos a taxa de conversão.

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Experiências

Os consumidores buscam, cada vez mais, boas experiências de consumo, nos serviços de receptivo, restaurantes, hotéis, companhias aéreas,  e rodoviárias, salões de beleza, spas, etc. Mais do que o produto/serviço que está sendo comprado/consumido, a experiência que a empresa proporciona ao consumidor é fundamental para sua competitividade.

De acordo com o estudo da WTTC, 77% dos Millennials nos EUA afirmam que as experiências criam lembranças inesquecíveis e os fazem sentir mais conectados à família e aos amigos.  O seu hotel oferece alguma experiência diferenciada? A sua agência de viagens sabe vender experiências?

Muitos gestores de agências afirmam que os clientes não demandam esse tipo de produto, mas será que a o cliente sabe que você vende experiências? Isto está claro na sua comunicação?

Outro aspecto é a experiência de compra do seu cliente ou potencial cliente. Seu site é amigável? Funciona bem no celular? Tem e-commerce?

Detox Digital

Tenho estudado bastante este tema (logo eu que sou apaixonada pela tecnologia) e vejo que muitos CEOs, executivos e profissionais que são muito conectados, vão precisar de destinos e hotéis onde ficam completamente desconectados. É uma loucura pensarmos que existem tecnologias para bloquear a conexão e permitir a total imersão nas viagens de lazer, com a família ou amigos.

Muitas palestras da WTM abordaram temas ligados à tecnologia. Às vezes ficamos assustados com todas essas mudanças. Mas é fundamental entender que o futuro do turismo será determinado pelas empresas e destinos que proporcionarem experiências únicas e significativas, aproveitarem o poder das redes sociais, oferecerem serviços personalizados aos viajantes e estiverem comprometidos com a sustentabilidade.

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