O Fórum Econômico Mundial publicou o “Relatório de Competitividade de 2013”, resultado de extensa pesquisa realizada em 140 países, com o intuito  de medir o grau de competitividade do setor turístico desses países.

O objetivo do estudo é disponibilizar ferramenta estratégica para medir fatores e políticas que incentivam o desenvolvimento do turismo nas diversas economias. Esses dados deveriam ser utilizados por gestores públicos dos destinos para incrementar a competitividade nacional, e também servem para orientar investidores da indústria turística, no que se refere aos melhores destinos para aportes de capital.

O estudo se justifica pela importância do turismo na economia mundial, que gerou U$ 6 trilhões de renda em 2012, além dos 120 milhões de empregos diretos e 125 milhões de indiretos.

Em 2011 o Brasil ocupava a 52ª posição no ranking mundial e subiu para a 51ª posição em 2013. Nosso índice médio de competitividade é de 4,37.  Perdemos para para Eslovênia, Panamá (37° ugar), Lituânia e Bulgária. Ficamos à frente de Chile (56°), Uruguai (59°) e Argentina (61°), mas com índice médio levemente superior aos índices dos nossos vizinhos.

A análise da competitividade foi realizada com base  em 14 pilares estratégicos. Nosso melhor desempenho foi no pilar “Recursos Naturais”, fomos abençoados pela natureza.  Neste quesito ocupamos a 1ª posição no ranking mundial.

O pilar dos “Recursos Culturais” é o nosso segundo melhor avaliado, apesar de nos colocar na 23ª posição comparado a outros países. E, surpreendentemente, ocupamos a 30ª posição no critério “Sustentabilidade Ambiental”, com nota 5.1.

A situação fica feia quando analisamos o pilar de “Infraestrutura rodoviária”, onde ficamos com o 129° lugar. Também não é diferente  avaliação no quesito “Preços no Setor Turístico”, no qual estamos na posição 126! Ou seja, dos 140 países avaliados, nossos preços são competitivos apenas se comparados aos preços de 14 países!

Os índices para políticas regulatórias, aspectos de segurança, higiene e políticas públicas para desenvolver o turismo também nos deixam em maus lençóis e nos forçam a enxergar que o turismo ainda não é visto como uma atividade expressiva nesse país. Uma pena, para a nação que dispõe de tantos (e belos) recursos naturais e culturais. Uma pena para as empresas e profissionais, que ainda enfrentam tantas barreiras, que nos tornam menos competitivos no turismo global!

O documento de 517 páginas pode ser lido na íntegra, clicando aqui. Boa leitura!