Milhões de turistas começam a programar suas viagens de férias explorando sites, blogs e mídias sociais de destinos e empresas, por meio de computadores, tablets e smartphones. Este processo pode levar semanas ou meses.

Para entender como os consumidores do futuro planejarão suas viagens, a Amadeus encomendou pesquisa “Dando asas à inspiração – o futuro da busca de viagens”, com foco no turista independente, ou seja, o viajante conhecido como discricionário, que tira férias como quer, utiliza a web para se programar e está habituado com as compras online. O perfil deste consumidor foi escolhido por lançar tendências e apontar os rumos do mercado quanto às buscas, reservas e compras de produtos turísticos.

Foram entrevistados mais de 43 mil turistas que viajam a lazer pelo menos três vezes ao ano, nos seguintes países: Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Brasil, Rússia e Índia. Os resultados são extremamente interessantes e resolvemos compartilhar algumas informações importantes sobre o mercado brasileiro.

O turista brasileiro leva 30 dias para escolher o destino e mais 25 dias para comprar os produtos. Diferentemente dos viajantes dos países desenvolvidos, os turistas dos países emergentes tendem a utilizar mais fontes de informações para tomada de decisão. Este fato está diretamente relacionado à insuficiência e à insegurança das informações disponíveis.

Para a escolha do destino, 53% dos brasileiros utilizam os mecanismos de busca e 47% usam os sites das agências online (OTAs). Os sites dos provedores (companhias aéreas, hotéis, etc) são utilizados por 38% dos viajantes, enquanto 34% deles preferem os sites de viajantes sobre viagens, como por exemplos, os blogs especializados.

Apenas 31% dos turistas brasileiros já sabem onde querem passar as próximas férias, quando iniciam o planejamento. Portanto, o conteúdo dos sites de agências e operadoras é fundamental para ajudar a influenciar o consumidor e tomar a decisão.

Depois de decidir para onde ir, o viajante decide onde fazer a compra. No Brasil, ao contrário de outros países, os turistas optam pelos sites das companhias aéreas, em detrimento dos sites das OTAs. Mas o brasileiro também consulta outras fonte antes de fechar a compra. Confira a seguir:

– 47% usa site de provedor de viagens;

– 19% usa site de OTA;

– 15% telefona para provedores de viagens (cias aéreas, hotéis, etc);

– 10% telefona /comparece à agência de turismo;

– 3% usa site de mecanismo de busca;

– 4% usa site de agência varejista;

– 2% vai ao aeroporto/loja da empresa

Para o leitor distraído, essas informações podem parecer inúteis. Para o gestor atento, esses dados podem subsidiar muitas decisões, como por exemplo, quando e onde investir em promoção, para ser encontrado pelo consumidor no início do planejamento das férias.

A pesquisa é bem abrangente e sempre compara o comportamento do consumidor brasileiro, frente aos viajantes dos outros países. Recomendo a leitura do relatório, que pode ser acessado aqui.