A Força do E-commerce para o Turismo

Duas matérias diferentes, de veículos distintos, me chamaram atenção em relação às tendências do turismo no Brasil e no mundo, tema que me empolga muito.

A primeira foi a publicação dos resultados do estudo “Perfil do E-commerce Brasileiro”, realizado recentemente pelo Pay Pall e BigData Corp sobre o comércio eletrônico no país. Ao contrário do varejo tradicional, que segundo a Fecomercio, perdeu mais de 80 mil lojas em 2015, o número de lojas virtuais cresceu 21,52%. Outro dado interessante é que 60,71% dos sites brasileiros com e-commerce usam as mídias sociais para turbinar vendas e fazer promoções. O Facebook é a mídia preferida, veja no gráfico abaixo.

Redes sociais utilizadas pelas empresas brasileiras com e-commerce para estimular vendas (Fonte: Pay Pal & BigDataCorp, 2016)

É importante ressaltar também que enquanto o e-commerce tradicional no Brasil cresce a uma taxa de 29% ao ano (e o varejo tradicional cai), o aumento das compras por mobile commerce é de 107% ao ano. Outras informações interessantes você encontra no relatório da pesquisa aqui.

A outra matéria vem do portal de notícias espanhol Hosteltur e mostra o crescimento de 6% das grandes redes de agências de viagens na Espanha. É um excelente desempenho, mas no mesmo período as agências de viagens online (OTAs) cresceram 18%, ou seja, o triplo das grandes redes presenciais. Leia a matéria na íntegra aqui.

E o que isso tem a ver com sua agência de viagens? Tudo! Porque esses dados comprovam que:

– Agências, operadoras, hotéis, atrativos e destinos turísticos PRECISAM investir na sua presença online e ter minimamente um site responsivo com ferramentas de vendas (mesmo que sejam terceirizadas). Já não é uma questão de diferenciação, mas sim pré-requisito para sobrevivência. E se o site da sua agência de viagens tem a mesma cara de 90% das agências brasileira, é hora de você avaliar.

– Estamos cada vez mais conectados, comprando e nos relacionando online. Por isso, as empresas estão migrando seus investimentos para o mundo digital. Então, também cresce a competição entre as empresas para chamar a atenção dos seus clientes no mundo digital. Há tantas opções de ferramentas digitais para atrair o público algo, que simplesmente ter uma fan page e perfil no Instragram não vão gerar resultados que sua empresa busca. Você vai ter que pensar o que seu público entende como valor e como sua empresa pode ser mais social, para poder se engajar e no momento adequado fazer negócios com esse internauta.

O futuro das compras de produtos e serviços (incluindo viagens) está na internet e elas acontecerão, cada vez mais, via smartphone e devices portáteis de maneira geral.

Eu sei que adaptar as empresas para esse novo cenário não é nada fácil, mas não vejo alternativa. É importante refletir sobre essas questões e adequar sua empresa aos novos tempos. Como dizia uma chefe há muito tempo atrás: “Contra o progresso não há o que fazer”.

Para entender melhor esse assunto, leia também o post “Agências de viagens online: ameaça ou oportunidade“

O segredo é se planejar para navegar com tranquilidade nessa nova era. #VamosJuntos