2015 foi um ano de muitos desafios e esforços para o turismo, com crise, desvalorização cambial, clima de insegurança e medo, e atentados terroristas na cidade mais turística do mundo. Mas sempre prefiro dar mais atenção aos cases de sucesso e às iniciativas inovadoras.
A convite da Discovering Michigan, uma operadora de turismo receptivo no Michigan (EUA), fui conhecer a Rota da Cerveja, em Grand Rapids e a Rota do Vinho, em Traverse City. Ambos produtos me lembram as estratégias do Oceano Azul, pois os dirigentes da empresa optaram por focar na oferta de experiências turísticas diferenciadas a seus clientes. São experiências autênticas americanas, bem diferentes daquelas que encontramos nos destinos consagrados, como Flórida, Nova York ou Califórnia.
A Rota da Cerveja contempla visitas guiadas nas melhores cervejarias artesanais de Grand Rapids (deve ter sido difícil escolher, porque só na cidade existem 39 delas), com degustação e também alguns pontos turísticos e cidadezinhas charmosas e acolhedoras.
Já a Rota do Vinho, em Traverse City, norte do estado e à beira do Lago Michigan, revela, além das vinícolas e seus workshops e degustações, uma paisagem incrível e marcante.
E, dependendo da época do ano, pode-se agregar ingressos a shows, torneios esportivos, esqui em família, pesca no gelo, etc…. Programas bem americanos.
Mas você poderia perguntar: “e quem gostaria de comprar um roteiro desses? Meus clientes procuram Disney, Cancun, NYC, etc.” E é justamente aí que está a oportunidade de criar um Oceano Azul, ou seja, uma estratégia diferenciada, para oferecer produtos incomuns que surpreendem os viajantes e ao mesmo tempo fogem da concorrência tão acirrada (inclusive das OTAs)! Toda empresa pode e deve buscar os oceanos azuis, procurar o seu diferencial, saber se posicionar e criar estratégias que causam impacto.
Já que ficamos reflexivos no fim do ano, que tal pensar no seu diferencial para 2016?
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