Não é de hoje a polêmica sobre os canais de distribuição de produtos turísticos, que começou com a redução do comissionamento das companhias aéreas. Duas décadas depois, observamos que praticamente todos os fornecedores de serviços turísticos utilizam diversos canais de distribuição, para tentar chegar ao consumidor diretamente, sendo que a internet foi uma grande aliada. Como consequência, o mercado de agências e operadoras ficou bem mais competitivo com a venda online de produtos.
Quase não se fala das agências de turismo receptivo. No Brasil, ainda existem poucas empresas bem estruturadas, não no sentido de estrutura física, número de funcionários, mas com portfólio de serviços variados e diferenciados, ferramentas sofisticadas de gestão e comercialização.
Boa parte das agências receptivas fica limitada à oferta de transfers, city tour, passeios tradicionais (normalmente realizados em vans ou micro-ônibus) e reserva de hospedagem. Raríssimas empresas buscam ir além do óbvio na formatação de produtos, na oferta de serviços complementares e também nas ações de promoção para buscar o consumidor na origem. Em geral, as agências receptivas disputam o mesmo cliente quando ele já se encontra no destino turístico.
O artigo escrito por Sidney Alonso no portal do Panrotas, “O valor das DMC”, apresenta o trabalho dessas empresas, cuja sigla significa Destination Management Company,ou empresa de gerenciamento do destino. A proposta dessas empresas é surpreender o cliente, atendendo todos seus desejos.
Segundo o autor, que também representa algumas dessas DMCs no Brasil, em geral as empresas são fundadas por especialistas com muita experiência em turismo e, principalmente, e que têm contato com diversos fornecedores de serviços, que vão além da hospedagem, alimentação e do traslado.
O foco da DMC é oferecer variadas experiências de viagem para turistas de lazer, corporativo ou incentivo. É encantar o cliente, personalizando os serviços para atender qualquer tipo de necessidade.
Nossas agências de turismo receptivo, salvo raras exceções, estão muito aquém desta realidade. Esta situação representa uma grande oportunidade, tanto para as empresas que já ofertam serviços receptivos, quanto para aquelas que estão na acirrada competição do mercado emissivo. Você já pensou nisso?
Os posts “Turismo Receptivo: oportunidades no mercado brasileiro” e “Vamos vender experiências turísticas?” também tratam desse assunto. Boa leitura!
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