Entramos no Ano de Copa das Confederações e ainda há muito trabalho a ser feito, não só em termos de infraestrutura e mobilidade urbana, mas também de formatação de produtos diferenciados, qualificação de profissionais, organização das informações turísticas em portais e sites especializados, dentre muitas outras. Temos muitas deficiências no turismo receptivo e, ao mesmo tempo, excelentes oportunidades para serem exploradas.
No que diz respeito às agências de turismo receptivo, um importante elo da cadeia para o acolhimento de turistas nacionais e estrangeiros, observo que ainda há uma grande defasagem em termos de oferta de produto e necessidade dos turistas. Vamos por partes.
A função da agência de receptivo é disponibilizar ao consumidor produtos específicos no destino, serviços de orientação, consultoria turística especializada, para facilitar e otimizar sua experiência de viagem. Em geral, as agências de receptivo oferecem transfers, passeios, city tours, hospedagem e locação de automóveis.
Porém, hoje o turista escolhe o meio de transporte, reserva e o hotel e aluga o carro no destino escolhido. Quando ele contrata a agência de receptivo? Em situações em que não consegue fazer determinado passeio por conta própria (por motivos de segurança ou dificuldade de acesso, por exemplo) ou quando o produto ofertado apresenta comodidade e conforto.
Mas, os gestores das agências de receptivo precisam atentar para a criação de produtos inovadores, que atendam às necessidades dos turistas. O viajante moderno busca novidades e inovações, como por exemplo, uma experiência que só pode ser vivenciada naquele destino turístico. Ele quer mais do que um guia que decora o texto que deve ser dito em cada patrimônio histórico. Por que não contar a mesma história com um pequeno grupo de atores? O passeio fica muito mais divertido e passa a ter mais valor agregado.
Por que não levar turistas para conhecerem comunidades tradicionais do destino? Incluir uma refeição típica, preparada de forma especial? Por que não oferecer um tour gastronômico, que passando por restaurantes temáticos e mercados especializados?
A agência de receptivo também pode inovar com guias especializados (por exemplo, um arquiteto para conduzir o passeio de arquitetura), com roteiros inexplorados, com atendimento a públicos específicos, enfim, usando a criatividade para atrair clientes e se diferenciar no mercado.
Os americanos e europeus já atentaram para essa nova tendência. Enquanto isso, nós continuamos oferecendo os produtos convencionais, sem diferencial e sem inovação. Nesse caso, para que mesmo contratar uma agência de receptivo?
Se você gostou deste post, leia também “Vamos vender experiências turísticas” e “5 Passos para Desenvolver Novos Produtos no Destino Turístico”.
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