Promover o Turismo Acessível significa garantir que todos os cidadãos com deficiência ou mobilidade reduzida sejam capazes de alcançar e utilizar serviços e equipamentos turísticos com segurança e autonomia.

Segundo a ONU, existem no mundo 500 milhões de pessoas com deficiência, das quais 80% estão nos países em desenvolvimento. No Brasil, 45 milhões de pessoas são portadoras de alguma deficiência, representando quase 15% da população total. Além dos deficientes, alguns idosos apresentam restrições de mobilidade e precisam de mais segurança. Eles também utilizam as estruturas e equipamentos adaptados.

Apesar do mercado significativo, existem pouquíssimas empresas turísticas no Brasil adaptadas a atender esse público-alvo com qualidade. Há destinos turísticos que contam com (alguma) estrutura adaptada, como Bonito, Fernando de Noronha e Porto de Galinhas.

Muitos hotéis investem na acessibilidade, mas apenas alguns são totalmente adaptados. Há diversos empreendimentos hoteleiros que são parcialmente adaptados, ou seja, têm portas e banheiros para cadeirantes, mas não dispõem, por exemplo, de cadeira para banho.

Da mesma forma, existem atrativos turísticos que são totalmente acessíveis, como o Parque dos Sonhos, em Socorro, e o Museu do Futebol, em São Paulo. Mas a grande maioria deles não oferece infraestrutura mínima para receber portadores de necessidades especiais.

As agências de turismo também não têm muita informação disponível para atender clientes portadores de necessidades especiais, que queiram viajar no Brasil ou no exterior.

As demandas desse público alvo não são atendidas de forma satisfatória no Brasil. Em outros países, principalmente Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, Alemanha, etc., a oferta de destinos e empreendimentos turísticos adaptados é infinitamente maior.

Todas as empresas turísticas deveriam contar com adaptações para que o turista com deficiência tenha independência, autonomia e dignidade. Estas edificações devem seguir as normas de acessibilidade, permitindo a igualdade no seu uso.

Além da estrutura física, os profissionais devem ser qualificados e capacitados para atender satisfatoriamente a pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida. É importante que o guia saiba conduzir o deficiente visual, que a camareira lembre-se de deixar toalhas e cobertores à altura dos cadeirantes, que a atendente do Centro de Informações Turísticas tenha noções mínimas de Libras, e assim por diante. Este investimento mostra respeito da empresa com seus clientes e seu comprometimento com a inclusão social.

Para conhecer mais sobre Turismo Acessível, visite o site Turismo Adaptado e baixe materiais orientativos desenvolvidos pelo Ministério do Turismo aqui.

Fonte: Turismo Adaptado – Ricardo Shimosakai